segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Todo mundo quer amor

Todo mundo quer amor. Todo mundo quer amor de verdade! Ele quer, ela quer. Quer amor de verdade!!

Verso poderoso da canção de abertura do disco "Jesus não tem dentes no país dos banguelas" (1987) dos Titãs. Arnaldo Antunes berra a canção durante pouco mais de um minuto e reforça a necessidade de amor. Amor de verdade.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Do Baleiro

Sexo também é bom negócio, o melhor da vida é isso e ócio!!!

Alguém tem dúvida?

AC/DC

Estou ouvindo de novo os clássicos do rock... E posso dizer que Back in Black do AC/DC é uma das melhores coisas já inventadas no quesito rock in roll!

Roberto e Helena

Leio na coluna a Monica Bergamo que Roberto Carlos cedeu uma música inédita para a trama das oito, Viver a Vida, de Manoel Carlos que estreou ontem. Ainda nao ouvi a música... Manoel Carlos escreve muito bem, eu acho. Só não gosto muitos daqueles cenários imensos, casas luxuosíssimas, todo mundo rico e bonito!!! Viver a vida assim é muito fácil!

Music and Me


Fiquei surpreso com o´álbum Music anda Me, do então garotinho Michael Jackson... Lançado em 73, quando o futuro rei do pop tinha apenas 13 anos, o album tem uma mistura de ducilidade em letras bem elaboradas, melodias suaves e um vocal que prometia demais. E prometeu. Destaque para a faixa que nomeia o disco, Music and Me, Up Again, All the Things you are, entre outras.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Memória Pop


Estou terminando minha dissertação de mestrado! Ufa! Foram dois anos de pesquisas, aulas e escritos diversos sobre memória, identidade, pós-modernidade e crítica da cultura. Estudo a obra literária O Cheiro de Deus, do grande Roberto Drumond (foto ao lado).
O romance publicado em 2001 conta a história ficcional dos Drummond no Brasil. Além disso, o narrador vale-se das memórias de uma personagem para contar acontecimentos e fatos da política, da cultura e da história de BH, de Minas e do Brasil. O tema do meu trabalho é "Memória Pop" - Uma leitura de o Cheiro de Deus, de Roberto Drummond. Tento mostrar como o autor articula memória, história e ficção para desenvolver a trama do romance. Nesse sentido, ele abusa de elementos da cultura pop e do pós-moderno para lançar um olhar crítico para as décadas de 40, 50 e 60.
Sob orientação da querida Professora Doutora Magda Velloso Fernandes de Tolentino, defendo o trabalho e outubro, se Deus quiser!
Em tempo: Conheci o romance O Cheiro de Deus em 2001 através do amigo e jornalista Márcio Passos. Nessa época, era foca do A Notícia e sonhava com as letras... Isso há oito anos! Tempo suficiente para encher o meu lago da memória! Mas isso é asssunto para outra ocasião!!!!

O ser Atleticano - Crônica do saudoso Roberto Drummond sobre o Galo, é claro!!!


Ah, o que é ser atleticano? É uma doença? Doidivana paixão? Bênção dos céus? É a sorte grande?
O primeiro e único mandamento do atleticano é ser fiel e amar o Galo.
Daí, que a bandeira atleticana cheira a tudo neste mundo.
Cheira a mulher amada.
Cheira a lágrimas.
Cheira a grito de gol.
Cheira a dor.
Cheira a festa e a alegria.
Cheira até mesmo perfume francês.
Só não cheira a naftalina, pois nunca conhece o fundo do baú, tremula ao vento.
A gente muda de tudo na vida. Muda de cidade. Muda de roupa. Muda de partido político. Muda de costumes. Até de amor a gente muda.
A gente só não muda de time, quando tem as iniciais CAM, do Clube Atlético Mineiro, gravadas no coração.
É um amor cego e tem a cegueira da paixão.
Já vi o atleticano agir diante do clube amado com o desespero e a fúria dos apaixonados.
Já vi atleticano rasgar a carteira de sócio do clube e jurar:
- Nunca mais torço pelo Galo!
Já vi atleticano falar assim, mas, logo em seguida, eu o vi catar os pedaços da carteira rasgada e colar, como os amantes fazer com o retrato da amada.
Que mistério tem o Atlético que, às vezes, parece que ele é gente?
Que a gente associa às pessoas da família (pai, mãe, irmão, tio, prima)?
Que a gente o confunde com a alegria que vem da mulher amada?
Que mistério tem o Atlético que a gente confunde com uma religião?
Que a gente sente vontade de rezar “Ave Atlético, cheio de graça?”
Que mistério tem o Atlético que, à simples presença de sua camisa branca e preta, um milagre se opera?
Que tudo se transfigura num mar branco e preto?
Ser atleticano é um querer bem. É uma ideologia. Não me perguntem se eu sou de esquerda ou de direita. Acima de tudo, sou atleticano e, nesse amor, pertenço ao maior partido político que existe: o Partido do Clube Atlético Mineiro, o PCAM, onde cabem homens, mulheres, jovens, crianças.Diante do Atlético todos são iguais: o bancário pode tanto quanto o banqueiro, o operário vale tanto quanto o industrial. Toda manhã, quando acordo, eu oro: obrigado, Senhor, por me ter dado a sorte de torcer pelo Atlético.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A tara do poeta


Outro dia li um resumo de uma dissertação de mestrado sobre Carlos Drummond de Andrade, a respeito de o Amor Natural, obra póstuma do poeta itabirano e que traz poemas eróticamente explícitos. Lembrei-me que li essa obra em meados de 2000 e me impressionou muitíssimo o fato de Drummond, aquele velhinho de óculos com cara de avô, ter escrito algo tão violentamente poético, como a descrição do sexo oral. Esse é um dos poemas que mai gosto, pelas aliterações e pelo ritmo.

A língua lambe

A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão,
e vai tecendolépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
entre gritos, balidos
e rugidosde leões na floresta, enfurecidos.


Drummond é demais.... Além de revolucionar a poesia do modernismo com seu caráter existencialista, além de escrever versos sobre a humanidade, sua dor, sua vida de cão no mundo, além de reproduzir a paixão por palavras, por mostrar a beleza do óbvio, além de ser o poeta maior, ele era amante, revelando-se um elegantíssimo tarado.

Trecho de um conto que estou escrevendo...

Resto de mim
A mulher que está diante do tanque lavando roupas, é Joana. Ela não tem sobrenome apesar de ser casada e mãe. É apenas Joana, tão somente. Ela tem trinta e poucos anos e é de uma beleza quase rude. Tem cabelos louros, nem curtos, nem longos, mal tratados pela árdua tarefa diária de cuidar do lar; os lábios delicados de mulher rasgam sua face, tem o ventre cansado de cinco filhos. Não sei se o encanto de Joana parte de seus olhos cor de ardósia, ou se da provocante feminilidade que dela exalava, mesmo sob as roupas rotas de tecido ordinário e de seu perfume de alho e sabão.
É quase comovente observar Joana trabalhando. Suas mãos tratam bem as peças de roupa, cuidando delas com o primor de noiva ao seu vestido. Esfrega as camisas do marido, retirando as impurezas com o opaco sabão de barra, grosso, sem espuma ou cheiro e da frieza dura da água armazenada na tina de madeira.
E Joana canta. Canta um samba do tempo em que não tinha pecado. Sim, Joana um pecado. Um pecado que entediava sua vida, que a tornava diferente das mulheres que o marido arranjava na rua. Um pecado que pesava a solidão de todas as suas noites: Joana amava mais os outros do que amava a si mesma. Daí a falta de cor em sua vida. Daí o sofrimento particular e sem medida. Daí, a sua vontade de não ser Joana e ser a moça loura do cinema que ela viu uma vez, que dançava sensual para o homem que queria conquistar. Mas Joana não tinha coragem. E por isso se entregava ao cuidado da casa, com a mesma paixão dos que se entregam ao corpo alheio, em lençóis de amor em noites frias.
E Joana costurava as calças dos filhos, cozinhava os pratos que os três devoravam sem sabor e apagava as marcas carmins de batom que encontrava nos colarinhos do marido. Quanto mais exercia sua função de simplesmente ser dona, quanto mais era mãe, quanto mais não cuidava de si e ia cansando sua beleza loura, mais desejava ser a moça do cinema. A moça que levantava a saia enquanto dançava e mostrava as pernas na fenda de sensualidade do seu vestido vermelho. E por isso, como que para se punir do que sentia, mais trabalhava e se esquecia de que também era mulher.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Voltei

Depois de um looooooooooooooooooooooongo período de ausência, voltei a postar! Prometo que vou manter o blog sempre atualizado. Aliás, pensando bem, não prometo nada!!!

Nas terras pesadas

O romance Nas Terras Pesadas de Metais e Espantops, que narra a trajetória do francês Jean Monlevad, pioneiro e desbravador destas nossas terras vai sair... O idealizador do projeto, jornalista e amigo Márcio Passos está na labuta para isso. E estamos juntos nessa empreitada para que tudo dê certo! E vai dar!

Quero casar

Tô querendo casar, mas preciso de emprego. Termino o mestrado em Teoria Literária e Crítica da Cultura pela UFSJ em outubro... Qualquer coisa, entrem em contato: feliciobraz@yahoo.com.br

Aline Calixto

Uma cantora maravilhosa e que ainda vai estourar com certeza é Aline Calixto. A moça canta samba de raiz e é uma das grandes revelações musicais dos últimos tempos. Tive o prazer de ouvi-la cantando algumas vezes no Bar do Leão em Viçosa, época em que cantava no BebadoSamba e, depois, nos palcos da Saideira do Comida de Buiteco em BH. Numa dessas, ela estava ao lado de Luis Melodia, Elton Medeiros e de Moacyr Luz, grandes feras do samba nacional. Confiram o talento de Aline no www.alinecalixto.com.br.

Max Sette

Além de marido da gatíssima Helena Ranaldi, o cantor e compositor Max Sette é um dos maiores músicos do Brasil na atualidade. O cara toca trumpete, canta com uma voz melancólica e, ao mesmo tempo, cômica e tem um jeito especial de cantar samba que eu nunca vi igual. Fora isso, o cara ainda disponibiliza em seu site os seus dois discos: Parábolas ao Vento e O que se passou. Recomendo demais. Confiram no www.maxsette.com.br