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Agora prometo ser mais ágil com isso!
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Abraços
Erivelton
sexta-feira, 6 de março de 2009
O soco
A capa do excelente disco “Vulgar Display of Power”, da banda de Trash Metal, Pantera, traz uma imagem emblemática: um soco na cara. Sem apologias à violência, basta traduzir o nome do álbum para o português, que fica mais ou menos assim: “Exibição vulgar de poder”. Aí, fica mais fácil entender o porquê da fotografia. O soco é vulgar. É baixo. É covarde usá-lo como forma de poder. O soco ofende, humilha, rebaixa. Lateja a pele, maltrata. É um gesto de mau gosto, é uma maldade. Faz doer.
Não há razão para quem desfere socos. Ele tira toda e qualquer inocência. Não são vítimas os socadores. Nunca serão. Quando criança, uma vez, dei um soco num menino da escola. Minha mãe disse que meu braço iria secar e cair. Na mesma hora, senti um arrependimento profundo, seguido de uma dor no braço. “Vai cair”, pensei. Isso não aconteceu. Mas nunca mais dei soco em alguém.
Deveriam ser excomungados da sociedade, de suas igrejas, aqueles que golpeiam. Principalmente quem agride os mais velhos. Repito: não há razão para quem bate, ainda mais se esse for um líder religioso. Espera aí: líder? Que tipo de liderança exerce um pastor de igreja que golpeia idosos? Quem é esse homem que usa sua força em gestos violentos?
O mínimo que se espera dos condutores de rebanho, dos que pregam a palavra sagrada das escrituras, dos que sacodem as bíblias contra os pecados, dos que gritam em nome do Senhor aos quatro cantos, é paz de espírito. Paz, que nem todos têm. Sim, porque a paz não vem de nenhuma religião, de nenhuma igreja ou grupo, de nenhum templo, mas de dentro do coração do homem.
É uma questão de tê-la ou não. Adolf Hitler, Stálin, os piores senhores de escravo, George Bush. Todos poderiam ouvir dezenas de pregações, participar de cultos e missas. Ainda assim, não a encontrariam, porque a paz só pode emergir de dentro para fora. Será que o agressor a encontrará um dia?
Está lá, no livro de Mateus: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos”. Não seriam os falsos profetas aqueles que se escondem atrás de igrejas, de seitas, que se julgam homens de Deus e que seguem a política do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço?”
Pode bater? Pode agredir? Pode espancar com força e fúria aquele que teria de ensinar, de apontar caminhos, de ser referência? Quem deveria iluminar pode cerrar os punhos e atingir com violência o olho de alguém?
São coisas desse tipo que fazem querer o afastamento, que causam asco, que embrutecem o coração dos bons. Mesmo diante desse desejo, não se pode recuar! É preciso encarar os malfeitores de frente, dando a eles, exatamente aquilo que eles pedem. A César o que é de César. A Deus, o que é de Deus.
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