sexta-feira, 13 de março de 2009

Por que ler poesia?


Primeiro, porque a poesia comunica com a alma. Depois, porque ela não precisa ser entendida. Poesia é para ser sentida, degustada como um bom vinho, como os perfumes que nos levam aos céus. Não é preciso ser químico para saber dos elementos que compõem as estruturas do aroma. Basta apreciar. Com o poema ocorre o mesmo. Ele dispensa conhecimentos prévios de métrica ou rima, de melodia ou de escansões.


O poema tem essa mesma função: elevar, transportar a outros estágios, causar bem-estar. Todo poema é uma lição de como viver bem. Eles nos alimentam a sensibilidade, aumentam a vontade de cantar, de dançar, de ser feliz como se deve ser. Quem lê poesias vive menos cansado das coisas bruscas da vida.


A poesia acalma e faz bem. Ela entusiasma, colore, espanta as dores do peito. A poesia amansa os loucos e cura os doentes de amor. E a poesia deve ser lida, no máximo, declamada. Nada de interpretações teatrais de poema. O texto do drama tem um estilo próprio. O do poema também. Não é bom misturar as coisas...


Ouvir Maria Bethânia declamando tem qualquer coisa de divino. É bom também ouvir os próprios poetas. Vinícius, Drummond, Neruda, Manuel Bandeira entre outros gravaram alguns de seus poemas. São interpretações simples, mas belíssimas, profundas, como devem ser as coisas da poesia.


Chico Science escreveu e os Paralamas cantaram: “Grite poesias, que eu te amarei até o fim da vida, grite poesias, que o mundo tem a palavra que você pode escrever, grite poesias”. Os poemas são assim mesmo. Devem ser espalhados aos quatro ventos, deglutidos no café da manhã, incorporados a toda hora.


A poesia traz a luz que falta ao mundo, ela completa nossas expectativas, alivia a pressão. Os poemas tornam os homens bons, tornam as mulheres mais belas e as crianças mais felizes. É a combinação perfeita para o mundo melhorar. Deveria estar na constituição: Todo mundo tem direito à poesia pela manhã. Assim, o dia seria mais ensolarado e as cruzes menos pesadas.
A poesia também está fora do texto. Está num amanhecer bonito, numa lua cheia vista da janela, na brisa da madrugada. Está na flor que balança ao vento, na maçã da feira, no sapato embaixo da cama. Nos lençóis que se amassam de cansaço ou de amor. Os poemas esperam ser lidos, esperam ser encontrados. Andam nas ruas, compram cigarro na padaria da esquina, fazem cooper ao entardecer. Os poemas estão em tudo.


Sem poesia, a vida perde a graça. Os encantamentos se vão e os amores vão ficando murchos, enferrujados como um realejo triste que não dá mais nenhuma nota. Sem os poemas, os homens perdem a esperança, ficam ensimesmados, fechados em seu universo particular, esquecendo até como sorrir. Esquecendo-se de olhar o céu e de sentir saudades de fulana... É como deixar de respirar por um instante infinito, a falta dela entristece os corações.
Tudo isso porque a poesia celebra a vida e seus sabores. Ela deixa os dissabores mais fáceis de engolir, transforma pedra em pétalas, lágrimas em oceanos, dores em saudades gostosas de sentir. Ela aplaca o sofrimento porque dá receita de esperanças.

O curioso caso d Benjamim Button


Filme da melhor qualidade... Um dos melhores que assisit nos últimos tempos.

A história do homem que nasce aos 85 anos e que vai ficando jovem à medida que o tempo passa lança uma série de reflexôes sobre a vida. Talvez, a mais importante e bela de todas, seja: nada dura para sempre, portanto, viver é fundamental...


Confira a sinopse:Eu nasci em circunstâncias incomuns."Assim começa O Curioso Caso de Benjamin Button, adaptação do romance de 1920 de F. Scott Fitzgerald sobre um homem que nasce com oitenta e poucos anos e rejuvenesce a cada dia que passa. Um homem, como qualquer um de nós, que não pode parar o tempo. A partir da Nova Orleans do final da I Guerra Mundial, em 1918, adentrando o século XXI, o filme percorre uma jornada tão incomum quanto pode ser a da vida de qualquer pessoa, através da grandiosa história de um homem nem tão comum assim, das pessoas e lugares que ele descobre ao longo do caminho, dos amores que encontra, dos que perde, das alegrias da vida e das tristezas da morte e do que permanece além do tempo.
Dirigido por David Fincher (de Seven – Os Sete Crimes Capitais, Clube da Luta e Zodíaco), o filme é baseado em conto de F.Scott Fitzgerald e estrelado por Brad Pitt e Cathe Blanchett. Recebeu 5 indicações ao Globo de Outro, incluindo a categoria Melhor Filme e Melhor Diretor (David Fincher).