terça-feira, 12 de maio de 2009

Praça do Povo

O atual governo revitalizou a Praça do Povo. Achei que ela ficou linda. Agora, falta um evento para marcar a inauguração. A segunda edição do projeto Mais q Rock, que substitui o Rock na Rua, poderia ser realizado por ali.

Biblioteca

Falando em biblioteca, alguém já visitou a biblioteca pública municipal de João Monlevade? Ela fica no prédio da Secretaria de Trabalho Social. Os livros são muito velhos, alguns até bastante danificados. Está na hora de renová-los. Mas o problema é antigo e não é só dessa administração: a de Carlos Moreira também pouco fez pela biblioteca pública. Aliás, que governo fez algo grandioso pela cultura em Monlevade?

Ainda sobre a Fundação

A sede da Fundação Casa de Cultura foi deslocada para o Areia Preta pelo governo Moreira, mas ela deve voltar para o centro. Luciano Roza já me falou do interesse da atual administração de voltar com a entidade para Carneirinmhos. Acredito, sim, que alguns bairros poderiam receber unidades da FCC. Talvez os mais distantes do centro, como a região do Cruzeiro Celeste, o Santa Cruz e o Jacuí. Mas a sede, onde são desenvolvidos projetos e programas, essa tem que ocupar um lugar de destaque. Em Itabira, por exemplo, a sede da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade está numa das principais avenidas da cidade, além de abrigar também a biblioteca municipal. Mas acredito que a descentralização de programas culturais seja muito importante para o município, como acontece com os projetos de cultura itinerante.

Luciano Roza e a Fundação

Gosto muito do atual Diretor Executivo da Casa de Cultura, Luciano Roza e ele sabe disso. Tenho com ele uma relação de amizade, por compartilharmos de alguns gostos musicias, literários e até ideológicos (Stuart Hall e os teóricos pós-colonialistas, por exemplo). Já disse a ele que seria muito interessante, se a Fundação realmente se tornasse independente e não fosse apenas mais uma "secretaria da administrração municipal". É esperar para ver. Se o governo Prandini desvinculasse a FCC da administração, tornando-a independente, Monlevade teria muito a ganhar. Acho que o Luciano Roza poderia continuar diretor executivo, atuando junto aos conselhos fiscal e curador, formado por ativistas culturais do município. Assim, a FCC perderia de vez o caráter politiqueiro que possui.

Casa de Cultura

A relação dos diretores executivos da Fundação Casa de Cultura de Monlevade com os chefes do Executivo sempre teve um caráter de dependência. Obviamente, o cargo é político e o diretor acaba sendo um dos assessores diretos do prefeito.
A bem da verdade, já escrevi sobre isso antes: A Fundação Casa de Cultura deveria ser independente. Afinal, ela é uma Fundação e só poderia funcionar como tal. Isso envolve uma receita própria, uma vida própria. Claro que a administração municipal poderia participar diretamente dos trbalhos da entidade, através dos diretores executivos. Mas o presidente da fundação, assim como os demais conselheiros deveriam ser eleitos democraticamente, conforme rege o estatuto da instituição.

Show certo no lugar errado


Foto: Sérgio Henrique/ ACOM PMJM


O que dizer da apresentação do músico Flávio Venturini no Parque do Areão como parte integrante das comemorações do aniversário de João Monlevade ? A resposta está no título logo acima: a organização acertou na escolha do show, mas errou feio no local de sua realização.

A tentativa de explicação é a seguinte: Infelizmente, a grande massa popular de nossa cidade não está preparada para eventos do gênero. Numa linguagem mais chula, escolher Flávio Venturini para show gratuito, no parque do Areão, foi um vacilo tremendo.

O artista que é um dos mais renomados cantores de Minas Gerais e do Brasil, que já teve canções gravadas por outros nomes grandiosos da MPB, além de ser autor de trilhas de sucesso em novelas e mini-séries, ficou deslocado na imensidão do Parque do Areão, na madrugada fria do dia 2 de maio.

Com relação à apresentação, não há do que reclamar. Som, iluminação, repertório perfeitos. Um dos problemas foi o horário. Previsto inicialmente para 00h30 (o que já é tarde), o cantor subiu ao palco com cerca de uma hora de atraso. Pelo menos, antes da atração principal, houve shows dos ótimos pratas da casa, Cláudiney Godoy e João Roberto e Ronivaldo. Mas não há fã que agüente ficar em pé, na neblina e no frio, além de respirar a poeira do parque.

O que também decepcionou, sem dúvida, foi parte do público presente. Salvo os pouco mais de 300 fãs do artista, que formavam um “bolinho de gente” na frente do palco, o restante não estava nem aí para a música de Venturini, numa tremenda falta de respeito para com o músico e com os demais ouvintes.

Em determinado momento em que ficou só no palco, acompanhado apenas do piano, era notável a decepção do convidado, já que pouca gente ouvia seus solfejos e os versos iluminados de canções como “Criaturas da Noite”, “Minha Estrela”, “Pensando em Você”, entre outras. Mesmo assim, o artista cantou por cerca de duas horas e terminou com clássicos do seu antigo grupo, o 14 Bis. Aliás, ninguém também pediu bis porque já passava das 3h da manhã.

Como disse no título, a escolha do lugar não foi uma boa idéia para receber um cantor de pouco apelo popular, mas que agrada os bons ouvintes da MPB. Esses até pagariam para assistir ao show num confortável teatro, longe do frio, da neblina e da terra preta do parque do Areão.

Se a intenção era fazer um show na rua, talvez até a Praça do Povo, que recebeu melhorias da atual administração comportaria bem melhor o público do artista. Bastava alugar umas 400 cadeiras e desviar o trânsito, já iniciando o projeto “Linha Azul”, a exemplo do que fazia a administração petista quando promovia shows na Praça do Povo. Valeu a intenção do diretor da Fundação Casa de Cultura, Luciano Roza e do prefeito Gustavo Prandini. A torcida é a de que eles acertem da próxima vez.


PS: Esta crônica foi publicada na coluna Emporium, da última sexta, dia 8. Depois, fui informado que o Luciano Roza não foi o idealizador do show de Flávio Venturini. Então, fica aqui o nosso registro.

Variedades suspenso

Os leitores que sempre acompanharam a coluna Com Texto, no Jornal A Notícia, devem ter sentido falta na última sexta, dia 8. É que o caderno Variedades foi suspenso, infelizmnente, em decorrência de ajustes necessários no jornal, por causa da crise econômica. Fica a torcida para que tudo volte ao normal em 90 dias, conforme previsão do A Notícia. Então, voltaremos também a publicar nossas crônicas. Enquanto isso, aqui no blog, pretendo continuar publicando, sempre que possível.
Abraços a todos!