quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Chico Sciense


Um dos maiores poetas do rock nacional, sem dúvida, se chama Chico Science. Líder de um dos movimentos contemporaneos mais importantes da música brasileia, o Mangbeat, ele morreu desastre de automóvel em 1997.

A morte precoce do homem que colocou o Recife no cenário da música pop mundial, não evitou a consagração do gênio. Unindo modernidade e tradição nas canções que criou, Science mostrou que é importante valorizar as raízes sem fechar os olhos para os novos elementos culturais dque surgem a cada dia.

Os hibridismos de rock, maracatu, tambor de crioula, música eletrônica, samples e outros processos tecnológico hipnotizaram platéias brasileiras e de outros países europeus e revelam toda a genialidade de seu compositor!

Além disso, Chico Sciense e a Nação Zumbi colocaram o caranguejo, a lama, os urubus, aratus e gabirus, entre outros elementos do mangue, como verdadeiros ícones da cultura pop. Ele ainda revelou de forma poética, as deseigualdades sociais do Pernambuco, o problema da seca e a fome que assola o Brasil. Chico deixou o seu recado. Vamos ouví-lo!!!

Drummond, sempre Drummond...


Quadrilha


João amava Teresa que amava Raimundo

que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Ao Acaso

Por mais que eu minta
Por mais que eu seja,
Por mais que eu me disfarce

Continuo aceso, meio que iluminado a esmo
À procura de uma certeza que nunca veio

O amor tem dessas coisas...

A vida tão cheia de certos acasos
Configura-se como um espaço de encantamentos,
Por todas as certezas,
Iluminadas além

Por mais eu corra
Por mais que eu vibre
Por mais que eu me tumultue

Permaneço parado
Permaneço calado
Permaneço tão cheio de mim que nem sei


Wir Caetano mandou a letra!

O amigo e grande escritor/poeta Wir Caetano mandou bem com esse texto, sobre nossa vã curiosidade acerca da vida alheia! Tempos Modernos...
Confiram: http://monlover.wordpress.com/2009/01/26/sdi-sindrome-da-disseminacao-involuntaria/

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Para Paulinha e Luiz, que chegaram de Lua de Mel


A velha máxima de que os opostos se atraem não faz mais sentido. É que por mais que contestemos ou relutemos em acreditar, o amor torna os amantes mais parecidos. Mas isso não acontece da noite para o dia e, muito menos, de uma hora para outra. Demanda tempo...


O amor quando chega deixa os seres amados interessados pelas coisas do outro. Não falo de curiosidade vã, sobre esse ou aquele nome gravado na agenda do celular, por exemplo. Essa curiosidade fica para os namorados novos, que ainda não entendem que o amor é bem mais e maior que isso.



O interesse acaba revelado nas pequenas coisas: lemos o livro que o outro leu há pouco, começamos a nos tornar íntimos de assuntos que, para nós, não fazia muito sentido antes. Aprendemos com outros e novos pontos de vista.


De repente, vamos ficando mais próximos do ser amado, e passamos a entender mais dele até mais do que a nós mesmos. O amor é assim e tem dessas coisas todas. Uma espécie de troca amorosa acontece o tempo todo, mesmo que ainda não percebamos.


Aprendemos um do outro, misturamos nossas preferências, nossos círculos de amizade, nossos gestos. Vamos nos tornando únicos, pouco a pouco, quando o amor acontece.
Nessa troca de afinidades, a relação vai se fortificando e os dois seres amados se iluminam com as luzes do outro, como se para isso fossem feitos. Como se, para isso, fossem nascidos. Quando amor chega a esse estágio grandioso, não há mais o que fazer, senão vencer essa vontade constante de estar perto, esse querer bem absoluto, que não pretende diminuir a chama tão cedo.


A união faz com que tudo fique ainda mais parecido. As roupas no armário trocam de cheiros, os pratos na cozinha terão sempre os mesmos sabores. Os livros e os CDS da estante se confundem, não sendo mais apenas de um. E a cama, o colchão de amar e de descansar depois do amor, ficam marcados pelo peso de dois corpos feitos num só.


Assim, as coisas materiais refletem o estado de espírito de ambos. Juntos, agora mais do nunca, vão viver uma vida em comum. Sendo de tudo, e para tudo, fortificados pelo amor que se consagra hoje, embora já existente há tempos. Por isso, hoje é a composição de um novo dia e tem as asas de tudo o que será amanhã, até sempre…

Crônica de uma namorada


A namorada não é simplesmente uma mulher. Ela é o ser que está acima dos homens e abaixo dos anjos. É aquela que caminha pelas ruas como quem desce do paraíso, sustentando aquele ar puro e único que só as muito amadas possuem, e o fazem de uma maneira como um gesto qualquer de alisar a fronte num momento de carícia.


A namorada surge em nossa frente como uma aparição de luz enquanto falta energia elétrica. E ela sabe que é a mulher amada... Ela pisa o chão arrastando olhares das solteironas invejosas e dos garotos que saem do colégio pensando aventuras amorosas com as colegas de classe. A namorada está muito acima disto tudo. Ela sabe bem o papel que ocupa em nossa vida e nunca deixa de lado o seu frescor suave como de quem está infinitamente saindo do banho numa tarde morna.


Ela acorda de manhã e abre os olhos para o mundo numa atitude tão pura como o ressonar dos passarinhos. Ela espreguiça com a delícia de quem toma um sorvete de flocos... A namorada é a mulher que mais se parece com a ternura. É a própria ternura encarnada, é uma manifestação sem fim de graça, beleza e harmonia de cores sem se estar esperando. Ela é a namorada. Não a já escolhida e definitiva esposa, ou a santificada mãe, nem a amante dos motéis de uma noite qualquer. Ela é a que a gente torce como torce pelo time do coração, ou pela chegada do Natal para que se transforme nas realizações de todas as nossas fantasias, refresco para as nossas chagas do peito.


A namorada quando nos telefona sempre deixa um sorriso transparecer em meio ao já certeiro alô. Ela usa mais de 435 tipos de cremes entre hidratantes, shampoos, filtro-solar e outros cosméticos para ficar com aquela aparência de top model internacional ou sex simbol do cinema. A namorada tem olhos incandescentes que nos queimam os males sem que a gente perceba. Ela não tem um único nome, mas inúmeros chamados amorosos, por isso é conhecida em vários lugares por meu bem, princesinha, anjinho e meu amor... Aliás, o seu nome de batismo é raramente pronunciado. Só é usado nas horas severas em que é necessário chamar a atenção, porque as namoradas por serem muito amadas costumam fazer muitas coisas erradas.


Ela respira de um jeito tão particular que todo o quarto se veste de azul e a gente é tomado de uma grande paz quando ela adormece. Ela é muito inteligente, mas sabe pouco de automóveis e futebol, embora junto às amigas, consiga decifrar os mais íntimos segredos do coração dos homens. A namorada tem medo de escuro e pensa na gente quando abraça o travesseiro na hora de dormir sozinha. Ela não é campeã de karatê nem sabe tudo de matemática... É só a namorada, que como ninguém, ama com muita intensidade. A namorada não gosta de intrigas ela só quer viver e amar o seu amor.

Beatles Forever


Não é novidade que John, Paul, George e Ringo, os Beatles, figuram entre os maiores ídolos da música pop mundial! Considerada uma da principais bandas de rock do planeta, as criações musicais deles, até hoje, influenciam gerações de músicos e ninguém nunca os superou! Até o Cirque du Soleil criou um espetáculo só com canções do quarteto londrino, que podem ser conferidas no CD Love, lançado em 2007. A produção ficou a cargo do produtor genial, George Martin, ou o quinto elemento.


Cem anos de solidão


Sem dúvida, o romance Cem anos de Solidão, do colombiano Gabriel Garcia Marques é um dos livros mais fascinantes que alguém já escreveu. Gabo, como o escritor é conhecido, merece o respeito e a admiração que lhe é de direito! Afinal, um autor que inventou a própria morte, é capaz de inventar qualquer coisa!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Côncavo e convexo


Ele era fã incondicional de Jazz, Blues e MPB, a qual chamava de música e poesia do Brasil. Ela detestava os gêneros instrumentais e tinha pavor das composições do Chico Buarque. Gostava mesmo era de axé music, forró pé-de-serra e dos hits do momento.


Ele tinha uns ares de poeta, gostava de rosa vermelha e conhaque de alcatrão. Ela não tinha muito contato com poesia, preferia os lírios às rosas e boa freqüentadora de academias, só tomava Coca-Light, para não perder a forma. Ele fumava dois maços de Holywood diariamente. Ela tinha alergia e não podia com fumaça. Ela sonhava em passar férias em Paris. Ele não se importava com grandes viagens, preferia botecar com os amigos. Ela lia Marie Claire e Caras, ele, Garcia Marquez e Carlos Drummond.


Numa manhã de sábado enquanto passeava pelo centro da cidade, ele a viu caminhando na direção contrária e ela também o notou. Trocaram olhares e nas manhãs de sábado seguintes ele a esperou no mesmo local, perto de uma agência bancária. Ele sabia que jamais poderia voltar, mas nunca perdeu as esperanças, até que ela passou outra vez, depois de nove sábados de espera. Ela não entendeu quando ele disse que estava ali esperando por ela. Depois de alguma conversa, acabaram sentando-se num bar. Ele tomou uma cerveja, ela um suco de laranja com Zero-Cal.


Foi então que se descobriram: côncavo e convexo, tampa e vasilha, rolha e garrafa, que apesar de diferentes, não existiam um sem o outro. Ele se viu apaixonado por aquela moça que tinha passo de bailarina e na boca um sorriso de sol, que o fazia sentir vontade de acabar com as guerras do mundo só por causa dela. Ela, como nunca havia acontecido, se encantou com aquele que lhe fazia versos e atirava nas noites de serenata, lírios em sua janela...
(*) A imagem acima mostra o encaixe perfeito de 2 corpos em “Côncavo e Convexo”, de Mª Guedes (foto: Divulgação - conteúdo da Internet)

Monlevade tem coisas muito esquisitas


Monlevade tem muita coisa esquisita. Exemplos não faltam. Tem vendedor que não tem educação. Outros que não sabem atender. Outros que parecem não querer vender. Tem um trânsito complicado, estacionamentos impossíveis e ruas lotadas. Tem comércio bom, mas muita loja cara. Tem ainda posto de gasolina com valores altíssimos, hotéis com preços absurdos e até restaurante que vende comida velha.


Tem propaganda volante que enche a paciência de todo mundo, tem buracos que vivem dando dor de cabeça aos motoristas. Além disso, acontecem por aqui coisas de que até Deus duvida. Tem muitos órgãos de comunicação, mas nem todos sabem comunicar. Tem também político partidário, radical ao extremo, que ainda não entendeu o verdadeiro sentido da política. Tem vereador querendo verba para gabinete, enquanto a Câmara gastou R$2,5 milhões no ano passado. Falando nisso, as reuniões ordinárias da Câmara são mesmo muito ordinárias.


É uma cidade cercada de montanhas por todos os lados, portanto, na época das chuvas a parte baixa fica alagada e as partes altas correm o risco de desabar. Tem um rio poluído que ameaça casas ribeirinhas, embora haja sempre o cuidado da principal empresa do município em evitar que isso aconteça.


No quesito emprego, Monlevade vai apanhando da crise e registra 500 pedidos de seguro desemprego, antes mesmo do fim do primeiro mês do ano. Mesmo assim, tem imobiliária pedindo os olhos da cara em aluguéis e nos preços de imóveis, lotes e afins, de olho na duplicação da Usina, que teve o início adiado por cerca de um ano.


Monlevade, há tempos, não assiste a manifestações culturais gratuitas que levem a alegria para as pessoas. Tem alguns eventos que, apesar de quase perderem o fôlego, não podem morrer na praia depois de lutar tanto contra a maré, como o Festival de Inverno da Funcec. Com o novo prefeito e o novo secretário de Cultura, quem sabe a coisa não muda?


E o tão sonhado cinema, que mal começou a projetar e já teve as luzes apagadas? Quando a sétima arte volta? Não nos esqueçamos do teatro, cuja reforma custou mais de R$1 milhão, mas o teto já desabou, antes de assistirmos a pelo menos 50 apresentações no local. Aqui, embora haja grupos culturais, falta a eles o reconhecimento de direito.


Na cidade, há também obras inacabadas e prédios muito feios no centro comercial. Alguém explica aquele “troço” em frente ao Centro Educacional, por exemplo? Tem também outdoors que ficam com os papéis velhos e rasgados e, ainda assim, as empresas proprietárias não se importam em ir lá para trocá-los. Só fazem isso quando uma nova publicidade vem ocupar o lugar da antiga.


Tem motoristas que ignoram a faixa de pedestre, tem outros que não sinalizam o que vão fazer. Monlevade também tem um trevo feio, por onde passam milhões de pessoas a caminho do litoral. Deve ser por isso que muita gente acha que aqui se resume ao Posto 5 Estrelas e as imediações do Cruzeiro Celeste. A cidade ainda tem problemas com a falta de lugares para o lazer, falta de opções para entretenimento, sem falar no pouco investimento na formação cultural de sua população.


Mas ainda assim, apesar de todos os pesares, a gente vai levando, porque aqui estão os nossos mortos. Aqui, os nossos umbigos deram rosas. Aqui, mesmo com toda essa lama, com todas as pedradas, com todos os poréns possíveis e impossíveis, é o nosso lugar. E sonhar não custa nada. Isso tudo ainda vai mudar um dia. Tomara.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Enquanto a cidade cochila


Depois de assistir ao Jornal Nacional com as principais notícias do dia, ele perdeu o sono, que o perseguia desde as 18h30. Normal. Quem nessa cidade maluca nunca teve vontade de cochilar na volta do trabalho para casa? As ruas movimentadas sempre tiveram algo de engraçado. Até para os motoristas mais bem humorados que tentam (ainda que em vão) encontrar razão para sorrir em meio ao rush diário.



Todos os dias eram sempre assim. O trânsito pesado, as pessoas apressadas, o furor típico das seis da tarde. Os ruídos de tudo marcavam o ritmo frenético. E era incrível que mesmo diante de tal cenário, aquele homem quisesse cochilar.



Agora não tinha mais vontade de dormir. Araci, a companheira de tanto tempo, ainda estava na cozinha lavando as louças do jantar de há pouco. Todos os dias ele pedia para que ela deixasse para arrumar no dia seguinte e vir sentar junto dele na sala. Todos os dias ela dava a mesma resposta de sempre: “Não suporto acordar e ver a pia suja de vasilhas”. E ele, mesmo sabendo que ouviria aquela resposta, insistia na pergunta. Era mesmo parte da rotina, como o sono de depois do trabalho.



Pensava que a vida era mesmo cheia de certas repetições. Será que as pessoas todas sentiam o isso? Será que todos se davam conta de sempre fazer as mesmas coisas nos mesmos horários? Lera, certa vez, que o inferno era a repetição. Imaginava o inferno assim: Um lugar imenso, cheio de repartições. Em cada uma delas, os pecadores tendo que expiar seus males, sofrendo os mesmos castigos, nos mesmos horários, pelas mesmas mãos...



A cena lembrava o inferno de Dante e deixava-o perturbado. Precisaria mesmo morrer para passar por aquilo? Não era a vida que levava tão cheio das mesmas coisas que o fazia padecer num inferno particular e intenso, a ponto de querer deixá-lo louco diante das mesmas cenas: as mesmas lamúrias da mulher, os mesmos blá-blá-blás do chefe no emprego, as mesmas contas, os mesmos trajetos, os mesmos programas no lazer. A mesma vida. A mesma...



Levantou e olhou-se no espelho. O rosto mudado. Mas ainda tinha o espírito jovem, embora a face se mostrasse ao contrário. Queria acreditar que ainda era o mesmo de antes. O mesmo dos tempos em que não havia saudade. Viver, então, seria isso? Andar sempre adiante, com a memória de outrora batendo na porta a cada novo segundo, como que o obrigando a relembrar o que acabou de se passar a minutos atrás, a horas atrás, a anos passados?



Estaria enlouquecendo, enquanto a cidade, embaixo dos doze andares daquele residencial, tentava cochilar? Lembrou-se de Guimarães Rosa. “Viver é negócio muito perigoso”. Chegou-se à janela e nem viu a mulher dizer que precisava do dinheiro para a feira do dia seguinte. Naquele momento, não ouvia mais nada.



Aos quarenta e sete anos de idade, parecia estar muito cansado de tanta repetição. Simplesmente, havia perdido as esperanças. Mas para que serve um homem que não espera por mais nada? Para dar milho a pássaros em praças públicas? Para olhar as crianças e tentar enxergar algo de bom nelas? E onde estão os pássaros? Por onde andam as crianças?



Olhou a noite cortada por faróis de automóveis velozes. Sentiu uma brisa fria bater-lhe na barba por fazer. Sorriu de alguma coisa que não fazia muito sentido e acabou fechando a janela para não perder as últimas emoções da novela das nove junto da mulher, que já se acomodara no sofá. Era mais o recomeço de uma cena que ele conhecia bem.


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Poetas

Neruda, poeta do mar. Vinícius, das rodas de amigos e da paixão. Baudelaire das noites de loucura, ópio e sexo. Bandeira da solidão terrível. Drummond, maior do Brasil. João Cabral, o da engenharia dos versos. Rimbaud, de todos os sentidos. Morrison, de todos os prazeres. Poetas. No morro, nasceu Cartola. No sertão, Rosa. No Rio oitocentista, Machado. No meio de toda dor, Ana Cristina César! Cazuza pediu piedade para os caretas e covardes. Clarice queimou as mãos, mas nao queimou seus rascunhos. Camões perdeu um olho na guerra. Sem ver, Glauco Matoso leva ao delírio. Grite poesia! Science ensinou antes da partida! Scream Poetry, Hebert Viana musicou. E o mundo não se acabou, como cantou a Calcanhoto, os versos de um samba choro de Assis Valente.

Frases que marcam e não passam

"Eu vou ter que passar minha vida esquecendo você" (Tom Jobim)


"As vezes te esqueço, por quase um segundo, depois te amo mais" (Hebert Viana)


"Minha dor nao dói. Sou marginal, sou herói" (Rita Lee)


"Essa Lua, esse conhaque, botam a gente comovido como o diabo" (Drummond)


"Em Minas Gerais, o sobrenatural é natural" (Roberto Drummond)


"Pãos ou pães é questão de opiniães" (Guimarães Rosa)

"Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente" (Machado de Assis)

Também entrei nessa

Apesar de ser um "analfabytico" (definição de uma professora da faculdade para as pessoas que só sabem o básico nesse mundo virtual) também entrei na onda dos blogs... Muita gente já tinha questionado: "Por que você nao cria um blog para publicar seus textos do A Notícia?" e eu nunca soube a razão de não ter feito isso antes. De toda forma, agora estou na net também. Fiquem a vontade!

Uma cidade que dorme, enquanto a gente mente que nao

Graciliano teve insônia. Vinícius de Moraes também. O relógio da minha casa marca os minutos em que não durmo. Não vejo razão para isso. A noite é longa e tem suspiros e grilos que cantam sem parar. Tic-tac, tic- tac, tic-tac. O tempo escorre lento até o rio da manhã. A cidade dorme, com as luzes acesas e as portas fechadas. E eu finjo que faço parte dessa normalidade.