segunda-feira, 15 de junho de 2009

O trem

Milton Nascimento é o maior cantor de Minas Gerais. Não. É um dos maiores do mundo. Em sua obra sempre chamaram minha atenção as canções que falam das características mineiras, sobretudo, as que tratam do trem. O mineiro que é mineiro sabe da importância do trem. Da grandeza do trem. Da força e dos mistérios do trem. Por isso, o trem está no cotidiano, nas falas, nos gestos. Por isso, chamamos tudo de trem: “Aquê trem! Ô trem sô! Ocê ficou de me emprestar o trem!”... Enfim!
Mas como dizia, o Milton escreveu e cantou muito sobre o trem que corta Minas e une os parentes e os corações Uma das canções mais lindas dele é Roupa Nova, que fala de um menino do interior que vive esperando o trem parar na estação daquela “cidade de fim de mundo”. Para quem conhece, vale a pena ouvir de novo. Para quem nunca ouviu, fica a dica para uma das mais belas canções feitas pelas mãos mineiras de Nascimento. Abaixo a letra linda da canção:

Todos os dias, toda manhã
Sorriso aberto e roupa nova
Passarim preto de terno branco
Pinduca vai esperar o trem
Todos os dias, toda manhã
Ele sozinho na plataforma
Ouve o apito, sente a fumaça
E vê chegar o amigo trem
Que acontece que nunca parou
Nessa cidade de fim de mundo
E quem viaja pra capital
Não tem olhar para o braço que acenou
O gesto humano fica no ar
O abandono fica maior
E lá na curva desaparece com sua fé
Homem que é homem não perde a esperança não
Ele vai parar
Quem é teimoso não sonha outro sonho não
Qualquer dia ele para
Assim Pinduca toda manhã
Sorriso aberto e roupa nova
Passarim preto de terno branco
Vai renovar a sua fé

Galo forte e vingador

O Galo é líder do campeonato brasileiro com 14 pontos. Ainda é cedo para afirmar, mas nunca é hora para perder as esperanças: esse ano, a coisa vai! Parafraseando o grande Roberto Drummond, o atleticano torce contra o vento se for necessário. Mas os ventos estão soprando a boa nova.